Nada é nosso de modo definitivo e inquestionável. Até mesmo aquilo que pensamos ser a nossa consciência pode não ser tão real e fiável como nos parece, porque com facilidade nos acomodamos ao que queremos ouvir e impedimos o ser de tocar no mais profundo conhecimento da causa dos seus actos. Como uma barreira de vidro que nos impede de descer a escada: podemos ver os degraus por baixo da mesma, ou escolher o melhor ângulo de reflexo e não ver nada. E ali ficamos numa falsa, mas segura, sensação de que fizemos o caminho todo.
O caminho do mundo está feito, agora, Senhor, ajuda-me a caminhar na direcção que mais me assusta, aquele lugar onde me encontro a sós contigo.